Bromance da Era Heian (794-1185)

The Tales of Ise Capítulo 46 "A Special Friend". Screenshot do Kindle.
Capítulo de The Tales of Ise (伊勢物語)

Em tempo: Como tirar print da tela do Kindle

Acesse a tela que você deseja capturar e posicione seus dedos em dois cantos opostos do Kindle – você pode optar pelo canto superior direito e o inferior esquerdo, ou pelo superior esquerdo e inferior direito. A única exigência é que eles sejam diametralmente opostos. Quando estiver pronto, toque nos cantos ao mesmo tempo para tirar o print.

Writing this, I realize that all this has already been spoken of long ago in The Tale of Genji and The Pillow Book – but that is no reason not to say it again. After all, things thought but left unsaid only fester inside you. So I let my brush run on like this for my own foolish solace; these pages deserve to be torn up and discarded, after all, and are not something others will ever see.

Eu sei que tudo isto que estou escrevendo já foi dito há muito tempo no Conto de Genji e no Livro do Travesseiro – mas não há razão para não dizê-lo novamente. Afinal, os pensamentos que não são ditos apenas apodrecem dentro de você. Assim, deixo o meu pincel correr desta maneira unicamente para o meu consolo tolo; estas páginas merecem ser rasgadas e jogadas fora, e não são algo que outras pessoas jamais colocarão os olhos. [Yoshida Kenkou – Essays in Idleness (徒然草)]

É incrível um monge budista japonês ter escrito isto por volta de 1330! Não parece atual, se pensarmos no tanto de informação que é produzida todos os dias na Internet? No fundo a história segue um movimento cíclico: dificilmente algo é 100% novo; já aconteceu algo semelhante de alguma maneira no passado. Por isso que ultimamente tenho tentado ler mais autores antigos; ajuda a compreender melhor a humanidade e os seus (eternos) problemas.

Enfim, o questionamento do Yoshida Kenkou é algo que também passou pela minha cabeça e é um dos motivos para ter ficado tanto tempo sem postar aqui no Panorama Geek. Será que tenho algo novo a dizer? Talvez não seja interessante para mais ninguém… Porém, se continuar pensando assim, não coloco pra fora o que está aqui dentro… E se o que passa pela minha cabeça, o que vejo e leio puder ajudar alguém?

Estou meio cansada de redes sociais… mesmo o Twitter já não faz mais o sentido que fazia antes. Sinto falta de escrever e acho importante fazê-lo no meu espaço.

Neste momento, não estou preocupada se alguém vai ler ou não. Se fizer a diferença na vida de uma pessoa, já fico feliz. E mesmo se ninguém ler isto… pelo menos escrever fez diferença na minha própria vida.

PS: Agora o http://panoramageek.wordpress.com é https://www.panoramageek.com 🙂

Momoiro Clover Z – Mouretsu Uchuu… [Música da Semana]

Momoiro Clover Z (ou ももいろクローバーZ ou MCZ ou Momoclo, como costuma ser chamado pelos fãs) é um grupo de J-Pop de garotas que tem uma imagem e um som exóticos para o estilo e que, pelo menos para mim, lembra demais tokusatsu. Se gosta de anime, talvez já tenha ouvido pelo menos uma música delas: a abertura de Sailor Moon Crystal.

Nesta semana saiu o antes impensável novo clipe do MCZ com a colaboração do Kiss (sim, a banda de rock Kiss), mas para postar aqui no blog escolhi Mouretsu Uchuu Koukyoukyoku. Dai Nana Gakushou “Mugen no Ai””/猛烈宇宙交響曲・第七楽章「無限の愛」(que nome longo! Ufa!), que é a música que mais gosto delas. Gruda que nem chiclete! Li em algum lugar que ela seria o “Bohemian Rhapsody do J-Pop”, e é bem por aí mesmo. E nas guitarras está nada mais, nada menos do que Marty Friedman, ex-Megadeth.

Não costumo ouvir muito J-Pop e nem conheço muito desses grupos, então um post desses depois do último do Babymetal é apenas coincidência… ou será que o Kouhaku está, aos poucos, fazendo uma lavagem cerebral em mim? 😛

Buck-Tick – Dress [Música da Semana]

Minha banda favorita é X Japan, mas a segunda banda japonesa que mais gosto é Buck-Tick. Em comum elas têm apenas o fato de virem do Japão e de terem feito muito sucesso no final dos anos 80 e início dos 90. O estilo musical é bem diferente.

Dress é uma música de 1993, mas esta versão foi gravada ao vivo em 2001. Fiquei em dúvida se escolhia este vídeo ou o do cover do Abingdon Boys School com a participação do vocalista do Buck-Tick, o Atsushi Sakurai… são versões diferentes, mas ambas ótimas. Acabei optando pela original.

Além da melodia, gosto também da letra, que foi uma das primeiras em língua japonesa que tentei traduzir. Como resistir à presença da palavra 懐かしい, a minha palavra favorita em japonês?