Final Nerd Wars: seriado brasileiro online para geeks e nerds

O YouTube não é feito só de CQC, clipes de música e vídeos caseiros com bebês e gatinhos. Seu triunfo é ter um conteúdo tão variado que sempre há algo interessante para assistir (ao contrário da televisão, que me parece cada dia mais sem graça – mas isso é assunto para outro post).

Final Nerd Wars, feita por brasileiros, é uma das séries mais engraçadas que acompanho na Internet. A sinopse (retirada do site oficial):

Há quinze minutos, nesta mesma galáxia…

O mundo Nerd está em guerra. As trevas avançam perigosamente sobre a humanidade e o futuro de todos está na mão de um novo herói. Hero Savedaday, um relutante jovem que nem mesmo sabe que é um nerd. Para guiá-lo, Iana, uma jovem maga, precisará usar toda a sua habilidade mágica e toda a sua inteligência. Uma jornada de magia, bravura, coragem e nerdice, muita nerdice…

A paródia é ambientada num jogo de RPG (no estilo de Final Fantasy e Zelda) com pitadas de Star Wars, Senhor dos Anéis e até Naruto. Para os (ex-)estudantes e funcionários da USP, um atrativo a mais: ela é gravada no campus da Cidade Universitária, então é divertido tentar adivinhar em que local cada cena foi gravada. Confesso que não reconheço todos… Algum dia iria imaginar que a USP daria uma bela Terra Média? 😀

Final Nerd Wars está disponível tanto em português quanto em inglês, então pode aproveitar e mostrar também para aquele seu amigo gringo!

Bixo da USP, chegou a hora da matrícula – e vai dar tudo certo

Veterana pinta bixo durante matricula. Foto por CABiECA no FlickrTer seu nome na lista de aprovados da USP fez com que todas aquelas horas de estudo (e baladas perdidas) tivessem valido a pena. Parabéns, de agora em diante você vai passar por uma das melhores fases da sua vida!

O primeiro passo como universitário, a matrícula, costuma deixar muitos bixos e bixetes com frio na barriga. Não se preocupe, porque não é o bicho de sete cabeças que parece.

Já estive na matrícula da ECA e da FFLCH e as duas são super tranquilas. Os veteranos vão querer te pintar da cabeça aos pés, e é só isso. Podem também raspar o cabelo dos homens, mas só se quiserem.

Como eles pintam TUDO o que puderem, vista uma roupa que não seja nova (e também fresca e confortável porque, dependo da unidade, a fila é longa e debaixo do sol). Tome cuidado principalmente com as mãos e os braços; se pintarem demais, quando a tinta secar vai ficar difícil de preencher os formulários da matrícula. E meninas, não deixem pintar todo o cabelo, porque para a tinta sair é um martírio!

Não é mico levar os pais, mas se preferir vá com um irmão ou amigo. Não ajuda a fugir do trote, porém pode garantir umas boas risadas para eles. Se for com um acompanhante, não esqueça de pedir para que tire muitas fotos. Esse momento tem que ficar para a posteridade!

Ah! E com toda a festa, não se esqueça da matrícula propriamente dita. Se ainda não o fez, não deixe de ler a seção sobre matrículas do manual da FUVEST para obter informações gerais, local, datas, horários e documentos necessários. E não custa nada checar três vezes, antes de sair de casa, se você não se esqueceu de nada. Não vai querer perder a viagem, não é mesmo?

Levando na esportiva, você pode não apenas se divertir mas também aproveitar e tirar com os veteranos todas as dúvidas sobre seu curso.

Passei por isso em 2003 na ECA, sobrevivi e você também vai sobreviver! 😀

Não sei se esqueci de falar algo, mas se tiver alguma dúvida é só perguntar nos comentários ou me mandar um e-mail. Terei todo o prazer em ajudar 🙂

Cidade de São Paulo em 1943

Hoje, dia 25 de Janeiro, São Paulo faz 455 anos. Que tal aproveitar o clima de aniversário e vê-la em 1943? Este vídeo do U.S. Office of the Coordinator of Inter-American Affairs mostra, em 15 minutos, o Teatro Municipal, as indústrias, a Biblioteca Mário de Andrade e outras imagens interessantes de Sampa. É engraçado notar que o centro já estava congestionado… de pessoas! (Via Querido Leitor)

Para ir mais a fundo na história da cidade de São Paulo, não deixe de conferir as fotos e os mapas de cada década (inclusive a de 40) no site do Histórico Demográfico do Município de São Paulo

E não poderia deixar de lembrar que hoje também é o aniversário de 75 anos de um dos meus lugares favoritos desta cidade: a Universidade de São Paulo. É muito para comemorar num dia só! 🙂

Cobertura do IX EREBD SE/CO USP: Mesa 2 – Virtualidade

Esta é a segunda parte da série (de dois posts) sobre os eventos que ocorreram no feriadão da Consciência Negra. A parte um está aqui.

A seleção dos participantes das mesas do EREBD não poderia ter sido melhor, como já comentei em post anterior. Não vi a Mesa sobre Liberdade, mas vi as de Virtualidade e Contestação e posso dizer que a experiência foi muito rica.

Mesa Virtualidade (com direito a Twitter no laptop)
Mesa Virtualidade (com direito a Twitter no laptop)

Acompanhei presencialmente a Mesa 2 – Virtualidade, com Fabiano Caruso, Marcos Mucheroni e Luli Radfahrer. Fiz algumas anotações (do jeito analógico mesmo; viva a caneta e o moleskine “do Paraguai”!), que transcrevo abaixo mais ou menos da forma em que foram anotadas. As reflexões ficam para depois, porque é assunto demais para um post só.

  • Teoria x prática na educação: falar em aula colaborativa é uma coisa, fazê-lo é outra. [Mucheroni]
  • O primeiro instrumento de um acervo não é o livro, mas sim a oralidade. [Mucheroni]
  • Sobre a Biblioteconomia: pensamos mais na profissão em si do que na nossa missão, que é preservar a história da humanidade. (…) 80% dos sites da Internet desaparecem a cada ano. Qual nosso papel nisso? [Mucheroni]
  • Aprendemos muito ao viajar para o exterior. É como se abríssemos dez livros ao mesmo tempo (sobre a experiência de universidades multinacionais). [Mucheroni]
  • Caruso ressaltou em vários momentos que a missão da Biblioteconomia é a Liberdade e a Autonomia Intelectual, que também foram a base para a criação das bibliotecas públicas. As práticas atuais da Biblioteconomia condizem com essa missão?
  • Ser “Gestor de Sistema de Informação” é suficiente em tempos de Web? [Caruso]
  • As bibliotecas têm um pensamento voltado ao “de cima para baixo” (da instituição para a sociedade). [Caruso]
  • O médico não estuda para gerenciar um hospital e sim para lidar com saúde. E o bibliotecário? [Caruso]
  • Nosso foco tem que ser voltado para o fim, não para a atividade. [Caruso]
  • Ao criarem as bibliotecas digitais, as bibliotecas estão fazendo a migração automática da instituição física para a Internet. [Caruso]
  • As pessoas não precisam de intermediários, de mediadores da informação. E agora, qual é o nosso papel? [Caruso]
  • Temos que atuar com as pessoas no universo delas, e não tentar trazê-las para o nosso universo. [Caruso]
  • Saídas subversivas para resolver problemas da nossa formação: Arquitetura da Informação, etc. [Caruso]
  • Tecnofilia x tecnofobia: não é certo valorizar mais o iPod do que as músicas que estão no aparelho nem idolatrar os LPs. A virtude está no meio termo. [Radfahrer]
  • A escola não mudou nada nos últimos 500 anos. [Radfahrer]
  • Ansiedade da informação: quem inventasse os RSS anônimos ficaria milionário! O problema está em se angustiar. Quem disse que você precisa saber tudo? [Radfahrer]
  • Que valor tem a informação se ela não for compartilhada? As melhores idéias surgem das conversas. E o melhor da blogosfera são os comentários. [Radfahrer]
  • Frase chave do vídeo The Machine is Us/ing Us: “forma e conteúdo podem ser separados” (XML, CSS). [Radfahrer]
  • A “grande evolução da web 2.0”: a banda larga. Ou você usaria o Twitter na época da Internet discada? [Radfahrer]
  • Web 3.0 será a Internet das coisas (e não será mais a Internet como nós conhecemos, nem poderá ser chamada como tal) [Radfahrer]
  • Ciência da Informação é mais importante do que nunca, afinal quem irá limpar a bagunça da Internet? Aqui entra a web semântica e a semântica social. A classificação não pode ser de cima para baixo (ditadura) nem de baixo para cima (zona); deve-se buscar o meio termo… com quais critérios? [Radfahrer]
  • A fonte de informação é cada vez mais a pessoa, não o livro. Exemplo: del.icio.us network. [Radfahrer]
  • Por que não criar um blog para expressar suas idéias e, no futuro, formatá-las num paper? [Radfahrer]

Sim, uma explosão de informação. O Luli, sozinho, fala pelo menos um conceito importante em cada frase! Quem acompanhou o Descolagem também deve ter sentido isto: não dava para desgrudar a atenção da fala dele nem por um minuto, para não correr o risco de perder algo importante (olha a ansiedade de informação de novo xD).

Assisti a Mesa 3 – Contestação pela transmissão online. Assim como outras pessoas que estavam acompanhando o evento online (e “offline”), deixei mensagens no Twitter sobre o que estava sendo apresentado nesta terceira mesa. A fala de Maria Aparecida de Aquino se centrou na censura dos jornais durante a Ditadura Militar, enquanto Oswaldo Francisco de Almeida Júnior e Luís Milanesi falaram mais do presente e futuro da área de Biblioteconomia.

Parabéns à comissão organizadora pela iniciativa de criação de uma conta do Twitter especialmente para o evento e pela transmissão em vídeo, que estava com uma qualidade ótima e não baleiou uma vez sequer. Que bom que a transmissão online de eventos de biblioteconomia está virando algo mais comum. Tomara que mais organizadores de eventos da nossa área (e de outras também) tomem a mesma iniciativa. Assim como aconteceu com a III Semana de Biblioteconomia, os vídeos do IX EREBD SE/CO também serão disponibilizados no site IPTV da USP, para serem vistos quando e quantas vezes for necessário.

Tenho que parabenizar também quem teve a idéia e quem conseguiu convencer todos da comissão organizadora (inclusive os homens!) a utilizar a camiseta rosa-choque com o Woodstock =P

Como nem tudo são flores, fiquei com a impressão de que o EREBD é um evento feito para quem é de outras cidades… Mas fico feliz de ver que a USP deu a cara pra bater e conseguiu trazer o EREBD para cá. Parabéns aos organizadores!

IX EREBD SE/CO USP

Começa amanhã (e vai até domingo) o 9º Encontro Regional de Estudantes de Biblioteconomia, Documentação, Gestão e Ciência da Informação da Região Sudeste e Centro Oeste. Neste ano o evento será na USP, aqui em São Paulo.

O tema desta edição é “1968-2008: Liberdade, Virtualidade, Contestação” e, entre os palestrantes, estão grandes nomes da Biblioteconomia como Antônio Agenor Briquet de Lemos, Johanna Smit, Oswaldo Francisco de Almeida Júnior e Luís Milanesi. Se você é da área de tecnologia e mídias digitais, fique sabendo que Luli Radfahrer também estará presente.

Não deixe de conferir a programação completa do evento e não fique em casa no feriado: faça já sua inscrição.