Literatura para superocupados

Não é fácil incluir na rotina do dia a dia a leitura de livros de ficção. Acabamos lendo livros técnicos por causa da faculdade ou do trabalho, mas a falta de tempo acaba deixando a poesia e o romance para segundo plano. E se não é a falta de tempo, é o vício em usar a Internet 24/7 que nos mantém longe dos livros.

Se o problema é ter disciplina e ler com regularidade, sem abandonar o livro no meio do caminho (e se ler no computador também não é uma dificuldade), sites como o leituradiaria.com e o DailyLit podem ajudar.

O diferencial que eles possuem frente a outros sites de livros digitais (como, por exemplo, o Projeto Gutenberg, o Domínio Público ou a Biblioteca Virtual do Estudante de Língua Portuguesa da USP) é cuidar da parte da disciplina para você, enviando regularmente trechos dos livros para seu e-mail ou via RSS. É possível escolher a periodicidade (todos os dias, durante a semana, a cada dois dias), o horário (manhã, tarde ou noite) e até quanto tempo quer gastar com cada leitura (5, 10 ou 15 minutos por dia). O leituradiaria, por exemplo, informa até a data exata em que você vai terminar o livro.

Além do DailyLit, os seguintes sites em inglês também fornecem o mesmo tipo de serviço: DearReader.comClassicNovels, DailyReader.net e ArcaMax Book Club. Para livros em português, a opção é o leituradiaria

Agora que você não tem mais a desculpa da falta de tempo para não ler, escolha um título e boa leitura! 🙂

Não vai ao Campus Party? Acompanhe tudo pela Internet

Dentre todos os eventos que acontecem nesta semana (como o São Paulo Fashion Week, a Posse de Obama, a estréia de Caminho das Índias e o primeiro paredão do Big Brother Brasil 9), há um que é imperdível para os geeks amantes de tecnologia: o Campus Party.

Computadores, cadeiras e pessoas no primeiro dia do Campus Party 2009
Campus Party 2009 - 19 de Janeiro (Foto: Máquina Web)

Realizado desde 1997 na Espanha, o Campus Party é “o maior evento de inovação tecnológica e entretenimento eletrônico em rede do mundo“. Profissionais da área de tecnologia, pesquisadores, blogueiros e curiosos se reúnem para discutir sobre as mais variadas áreas ligadas à tecnologia, como software livre, web design, robótica, música, artes… Tem para todos os gostos.

Em sua 2ª edição no Brasil, o Campus Party 2009 começa hoje e vai até domingo, dia 25. O local é o Centro Imigrantes, em São Paulo.

Se você (assim como eu) não poderá comparecer a “maior festa de tecnologia do mundo”, mas quer ficar por dentro de tudo o que acontece por lá, confira abaixo algumas formas de acompanhar o Campus Party pela Web.

E não esqueça de conferir a programação no site oficial (que pode inclusive ser adicionada à sua Agenda do Google).

Conteúdo gerado pelos participantes

Livestream do BlogBlogs – Conteúdo agregado de vários blogs e sites como Twitter, Flickr e Youtube. Boa parte do conteúdo criado pelas pessoas no evento estará no Twitter e no Flickr, então esta é a fonte número 1 de informações em tempo real sobre o CP.
Google Blog Search – Fonte alternativa para informações postadas em blogs, incluindo também aqueles que não são indexados pelo BlogBlogs.
Blog do Campus Desenvolvimento

Informações oficiais, da grande imprensa e sites institucionais

Blog Oficial do Campus Party
Google Notícias – Notícias publicadas em vários sites
Blog do IDG Now!
Sites das Organizações Globo – Inclui G1, áudio veiculado na CBN e vídeos da Rede Globo
SESC SP
Live-blogging da MTV
Blog da Prefeitura de São Paulo
Multishow FM

Transmissão por áudio e/ou vídeo

Campus TV – Transmissão oficial
IPTV da TV Cultura
Terra TV
Radar Cultura (via Belenos.me)
Estúdio Livre
Ustream do Marco Gomes
Ustream Campus Party éoqhá (Campus Blog)
Arquivo das palestras do Campus Blog
Ustream do Radar Verde (Campus Verde)
Ustream do mestreseo
Ustream do Link
Ustream do TEIA
Ustream de Gustavo Ferreira
Justin.tv da kakah
Justin.tv da Baunilha
Justin.tv Castrezana
Justin.tv do Cris Dias
Justin.tv do Jovem Nerd
MegaCampus

Mix

Alertas do Google – Aviso de novos posts de blogs, notícias ou resultados de busca no Google por e-mail ou RSS.

Este artigo continuará a ser atualizado durante a semana com novas fontes.

Quais sites você visita diariamente?

Estatísticas do uso da Internet, no Brasil e no mundo (o que é igual, para muitos, a Estados Unidos), não faltam. Para ter uma idéia, são diversas as empresas que compilam listas com os sites mais visitados: Compete, comScore, Quantcast, HitwiseIBOPE, Alexa… Também há o CETIC e o Pew, que periodicamente divulgam estudos sobre o uso da Web.

Meu interesse, com a pergunta no título, não é dar origem a mais uma estatística. A idéia é compartilharmos sites interessantes que talvez outros ainda não conheçam. Ou, se conhecem, ainda não perceberam o quanto eles podem ser indispensáveis no dia-a-dia.

Nos próximos dias, começarei uma série de artigos sobre os sites que visito diariamente e com os quais não poderia viver sem (ou quase, para não parecer exagerada). Antes, porém, quero saber de vocês, seja nos comentários ou via trackback:

Quais sites você visita diariamente?

Cobertura do IX EREBD SE/CO USP: Mesa 2 – Virtualidade

Esta é a segunda parte da série (de dois posts) sobre os eventos que ocorreram no feriadão da Consciência Negra. A parte um está aqui.

A seleção dos participantes das mesas do EREBD não poderia ter sido melhor, como já comentei em post anterior. Não vi a Mesa sobre Liberdade, mas vi as de Virtualidade e Contestação e posso dizer que a experiência foi muito rica.

Mesa Virtualidade (com direito a Twitter no laptop)
Mesa Virtualidade (com direito a Twitter no laptop)

Acompanhei presencialmente a Mesa 2 – Virtualidade, com Fabiano Caruso, Marcos Mucheroni e Luli Radfahrer. Fiz algumas anotações (do jeito analógico mesmo; viva a caneta e o moleskine “do Paraguai”!), que transcrevo abaixo mais ou menos da forma em que foram anotadas. As reflexões ficam para depois, porque é assunto demais para um post só.

  • Teoria x prática na educação: falar em aula colaborativa é uma coisa, fazê-lo é outra. [Mucheroni]
  • O primeiro instrumento de um acervo não é o livro, mas sim a oralidade. [Mucheroni]
  • Sobre a Biblioteconomia: pensamos mais na profissão em si do que na nossa missão, que é preservar a história da humanidade. (…) 80% dos sites da Internet desaparecem a cada ano. Qual nosso papel nisso? [Mucheroni]
  • Aprendemos muito ao viajar para o exterior. É como se abríssemos dez livros ao mesmo tempo (sobre a experiência de universidades multinacionais). [Mucheroni]
  • Caruso ressaltou em vários momentos que a missão da Biblioteconomia é a Liberdade e a Autonomia Intelectual, que também foram a base para a criação das bibliotecas públicas. As práticas atuais da Biblioteconomia condizem com essa missão?
  • Ser “Gestor de Sistema de Informação” é suficiente em tempos de Web? [Caruso]
  • As bibliotecas têm um pensamento voltado ao “de cima para baixo” (da instituição para a sociedade). [Caruso]
  • O médico não estuda para gerenciar um hospital e sim para lidar com saúde. E o bibliotecário? [Caruso]
  • Nosso foco tem que ser voltado para o fim, não para a atividade. [Caruso]
  • Ao criarem as bibliotecas digitais, as bibliotecas estão fazendo a migração automática da instituição física para a Internet. [Caruso]
  • As pessoas não precisam de intermediários, de mediadores da informação. E agora, qual é o nosso papel? [Caruso]
  • Temos que atuar com as pessoas no universo delas, e não tentar trazê-las para o nosso universo. [Caruso]
  • Saídas subversivas para resolver problemas da nossa formação: Arquitetura da Informação, etc. [Caruso]
  • Tecnofilia x tecnofobia: não é certo valorizar mais o iPod do que as músicas que estão no aparelho nem idolatrar os LPs. A virtude está no meio termo. [Radfahrer]
  • A escola não mudou nada nos últimos 500 anos. [Radfahrer]
  • Ansiedade da informação: quem inventasse os RSS anônimos ficaria milionário! O problema está em se angustiar. Quem disse que você precisa saber tudo? [Radfahrer]
  • Que valor tem a informação se ela não for compartilhada? As melhores idéias surgem das conversas. E o melhor da blogosfera são os comentários. [Radfahrer]
  • Frase chave do vídeo The Machine is Us/ing Us: “forma e conteúdo podem ser separados” (XML, CSS). [Radfahrer]
  • A “grande evolução da web 2.0”: a banda larga. Ou você usaria o Twitter na época da Internet discada? [Radfahrer]
  • Web 3.0 será a Internet das coisas (e não será mais a Internet como nós conhecemos, nem poderá ser chamada como tal) [Radfahrer]
  • Ciência da Informação é mais importante do que nunca, afinal quem irá limpar a bagunça da Internet? Aqui entra a web semântica e a semântica social. A classificação não pode ser de cima para baixo (ditadura) nem de baixo para cima (zona); deve-se buscar o meio termo… com quais critérios? [Radfahrer]
  • A fonte de informação é cada vez mais a pessoa, não o livro. Exemplo: del.icio.us network. [Radfahrer]
  • Por que não criar um blog para expressar suas idéias e, no futuro, formatá-las num paper? [Radfahrer]

Sim, uma explosão de informação. O Luli, sozinho, fala pelo menos um conceito importante em cada frase! Quem acompanhou o Descolagem também deve ter sentido isto: não dava para desgrudar a atenção da fala dele nem por um minuto, para não correr o risco de perder algo importante (olha a ansiedade de informação de novo xD).

Assisti a Mesa 3 – Contestação pela transmissão online. Assim como outras pessoas que estavam acompanhando o evento online (e “offline”), deixei mensagens no Twitter sobre o que estava sendo apresentado nesta terceira mesa. A fala de Maria Aparecida de Aquino se centrou na censura dos jornais durante a Ditadura Militar, enquanto Oswaldo Francisco de Almeida Júnior e Luís Milanesi falaram mais do presente e futuro da área de Biblioteconomia.

Parabéns à comissão organizadora pela iniciativa de criação de uma conta do Twitter especialmente para o evento e pela transmissão em vídeo, que estava com uma qualidade ótima e não baleiou uma vez sequer. Que bom que a transmissão online de eventos de biblioteconomia está virando algo mais comum. Tomara que mais organizadores de eventos da nossa área (e de outras também) tomem a mesma iniciativa. Assim como aconteceu com a III Semana de Biblioteconomia, os vídeos do IX EREBD SE/CO também serão disponibilizados no site IPTV da USP, para serem vistos quando e quantas vezes for necessário.

Tenho que parabenizar também quem teve a idéia e quem conseguiu convencer todos da comissão organizadora (inclusive os homens!) a utilizar a camiseta rosa-choque com o Woodstock =P

Como nem tudo são flores, fiquei com a impressão de que o EREBD é um evento feito para quem é de outras cidades… Mas fico feliz de ver que a USP deu a cara pra bater e conseguiu trazer o EREBD para cá. Parabéns aos organizadores!

Eventos do feriadão: Descolagem, YouTube Live…

Este foi um feriadão cheio de conferências, seminários, palestras e eventos em geral. Teve o Descolagem, o BlogcampBA, o YouTube Live e, claro, teve também o EREBD.

Não acompanhei o BlogcampBA, mas ler as mensagens com a tag #blogcampba no Twitter Search é um bom ponto de partida para saber o que aconteceu por lá.

Sobre o YouTube Live, concordo com o Tiago Dória: foi um marco na história da Internet, mas ficou com muita cara de premiação da MTV (fórmula que, aliás, já esgotou).

O Descolagem, com o tema “Tecnologia e Educação: uma nova escola para um novo aluno”, trouxe palestras ótimas e muito relevantes sobre o assunto. Precisamos urgentemente discutir sobre o futuro da educação e agir para que chegue logo. A fórmula da escola de hoje já está mais esgotada do que a das premiações da MTV. O evento foi transmitido pela Web (alguns vídeos já estão no Videolog e no Youtube) e contou também com o livestream do Blogblogs.

E o EREBD? Vai ganhar um post inteirinho só para ele.