Não é fácil incluir na rotina do dia a dia a leitura de livros de ficção. Acabamos lendo livros técnicos por causa da faculdade ou do trabalho, mas a falta de tempo acaba deixando a poesia e o romance para segundo plano. E se não é a falta de tempo, é o vício em usar a Internet 24/7 que nos mantém longe dos livros.
Se o problema é ter disciplina e ler com regularidade, sem abandonar o livro no meio do caminho (e se ler no computador também não é uma dificuldade), sites como o leituradiaria.com e o DailyLit podem ajudar.
O diferencial que eles possuem frente a outros sites de livros digitais (como, por exemplo, o Projeto Gutenberg, o Domínio Público ou a Biblioteca Virtual do Estudante de Língua Portuguesa da USP) é cuidar da parte da disciplina para você, enviando regularmente trechos dos livros para seu e-mail ou via RSS. É possível escolher a periodicidade (todos os dias, durante a semana, a cada dois dias), o horário (manhã, tarde ou noite) e até quanto tempo quer gastar com cada leitura (5, 10 ou 15 minutos por dia). O leituradiaria, por exemplo, informa até a data exata em que você vai terminar o livro.
Realizado desde 1997 na Espanha, o Campus Party é “o maior evento de inovação tecnológica e entretenimento eletrônico em rede do mundo“. Profissionais da área de tecnologia, pesquisadores, blogueiros e curiosos se reúnem para discutir sobre as mais variadas áreas ligadas à tecnologia, como software livre, web design, robótica, música, artes… Tem para todos os gostos.
Em sua 2ª edição no Brasil, o Campus Party 2009 começa hoje e vai até domingo, dia 25. O local é o Centro Imigrantes, em São Paulo.
Se você (assim como eu) não poderá comparecer a “maior festa de tecnologia do mundo”, mas quer ficar por dentro de tudo o que acontece por lá, confira abaixo algumas formas de acompanhar o Campus Party pela Web.
Livestream do BlogBlogs – Conteúdo agregado de vários blogs e sites como Twitter, Flickr e Youtube. Boa parte do conteúdo criado pelas pessoas no evento estará no Twitter e no Flickr, então esta é a fonte número 1 de informações em tempo real sobre o CP. Google Blog Search – Fonte alternativa para informações postadas em blogs, incluindo também aqueles que não são indexados pelo BlogBlogs. Blog do Campus Desenvolvimento
Informações oficiais, da grande imprensa e sites institucionais
Estatísticas do uso da Internet, no Brasil e no mundo (o que é igual, para muitos, a Estados Unidos), não faltam. Para ter uma idéia, são diversas as empresas que compilam listas com os sites mais visitados: Compete, comScore, Quantcast, Hitwise, IBOPE, Alexa… Também há o CETIC e o Pew, que periodicamente divulgam estudos sobre o uso da Web.
Meu interesse, com a pergunta no título, não é dar origem a mais uma estatística. A idéia é compartilharmos sites interessantes que talvez outros ainda não conheçam. Ou, se conhecem, ainda não perceberam o quanto eles podem ser indispensáveis no dia-a-dia.
Nos próximos dias, começarei uma série de artigos sobre os sites que visito diariamente e com os quais não poderia viver sem (ou quase, para não parecer exagerada). Antes, porém, quero saber de vocês, seja nos comentários ou via trackback:
Esta é a segunda parte da série (de dois posts) sobre os eventos que ocorreram no feriadão da Consciência Negra. A parte um está aqui.
A seleção dos participantes das mesas do EREBD não poderia ter sido melhor, como já comentei em post anterior. Não vi a Mesa sobre Liberdade, mas vi as de Virtualidade e Contestação e posso dizer que a experiência foi muito rica.
Acompanhei presencialmente a Mesa 2 – Virtualidade, com Fabiano Caruso, Marcos Mucheroni e Luli Radfahrer. Fiz algumas anotações (do jeito analógico mesmo; viva a caneta e o moleskine “do Paraguai”!), que transcrevo abaixo mais ou menos da forma em que foram anotadas. As reflexões ficam para depois, porque é assunto demais para um post só.
Teoria x prática na educação: falar em aula colaborativa é uma coisa, fazê-lo é outra. [Mucheroni]
O primeiro instrumento de um acervo não é o livro, mas sim a oralidade. [Mucheroni]
Sobre a Biblioteconomia: pensamos mais na profissão em si do que na nossa missão, que é preservar a história da humanidade. (…) 80% dos sites da Internet desaparecem a cada ano. Qual nosso papel nisso? [Mucheroni]
Aprendemos muito ao viajar para o exterior. É como se abríssemos dez livros ao mesmo tempo (sobre a experiência de universidades multinacionais). [Mucheroni]
Caruso ressaltou em vários momentos que a missão da Biblioteconomia é a Liberdade e a Autonomia Intelectual, que também foram a base para a criação das bibliotecas públicas. As práticas atuais da Biblioteconomia condizem com essa missão?
Ser “Gestor de Sistema de Informação” é suficiente em tempos de Web? [Caruso]
As bibliotecas têm um pensamento voltado ao “de cima para baixo” (da instituição para a sociedade). [Caruso]
O médico não estuda para gerenciar um hospital e sim para lidar com saúde. E o bibliotecário? [Caruso]
Nosso foco tem que ser voltado para o fim, não para a atividade. [Caruso]
Ao criarem as bibliotecas digitais, as bibliotecas estão fazendo a migração automática da instituição física para a Internet. [Caruso]
As pessoas não precisam de intermediários, de mediadores da informação. E agora, qual é o nosso papel? [Caruso]
Temos que atuar com as pessoas no universo delas, e não tentar trazê-las para o nosso universo. [Caruso]
Saídas subversivas para resolver problemas da nossa formação: Arquitetura da Informação, etc. [Caruso]
Tecnofilia x tecnofobia: não é certo valorizar mais o iPod do que as músicas que estão no aparelho nem idolatrar os LPs. A virtude está no meio termo. [Radfahrer]
A escola não mudou nada nos últimos 500 anos. [Radfahrer]
Ansiedade da informação: quem inventasse os RSS anônimos ficaria milionário! O problema está em se angustiar. Quem disse que você precisa saber tudo? [Radfahrer]
Que valor tem a informação se ela não for compartilhada? As melhores idéias surgem das conversas. E o melhor da blogosfera são os comentários. [Radfahrer]
Frase chave do vídeo The Machine is Us/ing Us: “forma e conteúdo podem ser separados” (XML, CSS). [Radfahrer]
A “grande evolução da web 2.0”: a banda larga. Ou você usaria o Twitter na época da Internet discada? [Radfahrer]
Web 3.0 será a Internet das coisas (e não será mais a Internet como nós conhecemos, nem poderá ser chamada como tal) [Radfahrer]
Ciência da Informação é mais importante do que nunca, afinal quem irá limpar a bagunça da Internet? Aqui entra a web semântica e a semântica social. A classificação não pode ser de cima para baixo (ditadura) nem de baixo para cima (zona); deve-se buscar o meio termo… com quais critérios? [Radfahrer]
A fonte de informação é cada vez mais a pessoa, não o livro. Exemplo: del.icio.us network. [Radfahrer]
Por que não criar um blog para expressar suas idéias e, no futuro, formatá-las num paper? [Radfahrer]
Sim, uma explosão de informação. O Luli, sozinho, fala pelo menos um conceito importante em cada frase! Quem acompanhou o Descolagem também deve ter sentido isto: não dava para desgrudar a atenção da fala dele nem por um minuto, para não correr o risco de perder algo importante (olha a ansiedade de informação de novo xD).
Parabéns à comissão organizadora pela iniciativa de criação de uma conta do Twitter especialmente para o evento e pela transmissão em vídeo, que estava com uma qualidade ótima e não baleiou uma vez sequer. Que bom que a transmissão online de eventos de biblioteconomia está virando algo mais comum. Tomara que mais organizadores de eventos da nossa área (e de outras também) tomem a mesma iniciativa. Assim como aconteceu com a III Semana de Biblioteconomia, os vídeos do IX EREBD SE/CO também serão disponibilizados no site IPTV da USP, para serem vistos quando e quantas vezes for necessário.
Tenho que parabenizar também quem teve a idéia e quem conseguiu convencer todos da comissão organizadora (inclusive os homens!) a utilizar a camiseta rosa-choque com o Woodstock =P
Como nem tudo são flores, fiquei com a impressão de que o EREBD é um evento feito para quem é de outras cidades… Mas fico feliz de ver que a USP deu a cara pra bater e conseguiu trazer o EREBD para cá. Parabéns aos organizadores!
Este foi um feriadão cheio de conferências, seminários, palestras e eventos em geral. Teve o Descolagem, o BlogcampBA, o YouTube Live e, claro, teve também o EREBD.
Não acompanhei o BlogcampBA, mas ler as mensagens com a tag #blogcampba no Twitter Search é um bom ponto de partida para saber o que aconteceu por lá.
Sobre o YouTube Live, concordo com o Tiago Dória: foi um marco na história da Internet, mas ficou com muita cara de premiação da MTV (fórmula que, aliás, já esgotou).
O Descolagem, com o tema “Tecnologia e Educação: uma nova escola para um novo aluno”, trouxe palestras ótimas e muito relevantes sobre o assunto. Precisamos urgentemente discutir sobre o futuro da educação e agir para que chegue logo. A fórmula da escola de hoje já está mais esgotada do que a das premiações da MTV. O evento foi transmitido pela Web (alguns vídeos já estão no Videolog e no Youtube) e contou também com o livestream do Blogblogs.