Não vive sem os livros no ônibus e no metrô? Continue lendo!

Imagem: SlipStreamJC @ Flickr.

Segunda-feira, dia de recomeçar a rotina no caótico trânsito de São Paulo, #ficaadica:

Ler no transporte público não faz mal para a visão!

Esta é uma dúvida que sempre tive, mas mesmo assim não deixava de ler. Com tantas distrações em casa e tanto tempo no trânsito, não há lugar melhor pra colocar a leitura em dia. Agora sei que dá pra fazer isso sem medo e sem culpa.

O artigo não fala em peso, mas é importante tentar escolher, sempre que possível, os pocket books (ou livros de bolso). Andei com o volume único de Crônicas de Nárnia pra cá e pra lá por meses, mas não façam o mesmo: as consequências tardam, mas não falham. Ou também: o barato sai caro.

Keith Richards diz em autobiografia que sonha em ser bibliotecário

O guitarrista Keith Richards, do Rolling Stones, tem o sonho secreto de ser bibliotecário, diz o próprio em uma autobiografia que está perto de ser publicada.

Segundo a edição de hoje do jornal inglês “The Sunday Times”, o músico confessa no livro que, apesar de sua imagem de roqueiro, há anos cultiva uma paixão pelos livros e inclusive recebeu formação profissional para organizar os guardados em suas casas na Inglaterra e nos Estados Unidos.

Em sua biografia, pela qual teria recebido US$ 7,3 milhões por antecipação, Richards explica que tentou aplicar um sistema que utilizam os bibliotecários para ordenar seus livros, entre eles muitos sobre a história do rock e a Segunda Guerra Mundial.

Além disso, Richards atuou como uma “biblioteca pública” ao emprestar exemplares de autores britânicos como Bernard Cornwell e Len Deighton para seus amigos, diz o jornal.

Segundo o “The Sunday Times”, durante sua juventude na austera Inglaterra do pós-guerra, o roqueiro se refugiava na leitura antes de encontrar o blues.

Para Richards, “quando você cresce, há duas instituições que o afetam especialmente: a Igreja, que pertence a Deus, e a biblioteca, que pertence a você. A biblioteca pública é enormemente igualitária”.

[grifo nosso]

Especialmente para quem acha que todas as bibliotecárias são velhinhas de coque e óculos e também para os bibliotecários com complexo de inferioridade.

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Eventos de Biblioteconomia e Web no mês de Março

Estão marcados para o início deste mês, em São Paulo, alguns eventos interessantes nas áreas de Internet e Biblioteconomia. São todos gratuitos, mas necessitam de inscrição prévia. Anote na agenda:

Arquitetura de Informação e as novas exigências da Web Contemporânea
Palestras com Guilhermo Reis, Thaís Campas e Sthefan Berwanger. Dia 7, a partir das 10 horas, na Faculdade Impacta.

youPIX 2009
Programação variada sobre cultura e arte web. Também será o local de entrega do prêmio Melhores da Websfera. Dias 9, 10 e 11 no Espaço Gafanhoto.

Biblioteca 2.0, Wiki e Blogs: o admirável mundo novo
Palestra com Teresa Laranjeiro, bibliotecária do do Goethe-Institut de Lisboa. Dia 10, às 19:30, no Instituto Cervantes.

O uso de Novas Tecnologias em serviços de Bibliotecas voltadas ao atendimento, com maiores facilidades de serviços aos usuários
Mesa redonda com Fabiano Caruso e Moreno Barros. Dia 12, das 14 às 17 horas, no anfiteatro da Escola Politécnica da USP.

Epicentro: ideias que valem a pena espalhar
Palestras de 18 minutos com profissionais de várias áreas. O evento criado pela BIZREVOLUTION e IT Midia acontecerá no dia 19, a partir das 14:30, com transmissão ao vivo pela Internet.

Migração garante vida longa às informações digitais

Não vou fazer aquele discurso repetitivo de que é necessário fazer cópias dos arquivos do computador regularmente e yada yada. Meu ponto é sobre algo que a maioria geralmente esquece: a importância de atualizar esses backups. Não basta fazer cópias de segurança em CD, DVD, outro disco rígido ou na Internet. É necessário também garantir que você vai conseguir acessar esses arquivos no futuro. Kevin Kelly chama isso de “Movage” (via Wired).

Dois problemas que tive recentemente podem servir de exemplo para demonstrar a importância de ter backups sempre em dia:

Falta de suporte ao formato .qic no Windows XP.
Na época em que o disquete era rei, o software Backup (que vinha com o Windows 9x/Me) era uma ótima opção para fazer cópias de segurança: ele transformava tudo o que precisava ser copiado em vários arquivos no formato .qic, um para cada disco. Esse formato, porém, deixou de ser utilizado a partir do Windows XP. Sobraram poucas opções para conseguir extrair os arquivos originais de um arquivo .qic.

Arquivos gravados em CD que não abrem mais.
Em 2001, gravei alguns vídeos em um CD-ROM. Como a mídia era boa, funcionou perfeitamente a curto prazo (quando o CD-ROM é de má qualidade, os problemas de leitura aparecem pouco tempo após a gravação). Esqueci que esse CD existia e só fui lembrar dele agora, em 2009. Ainda consegui abrir muitos dos arquivos, mas alguns se tornaram irrecuperáveis.

Podemos dividir, então, os problemas em duas categorias: os de suporte físico (CD, disco rígido, DVD, etc.) e os de formato do arquivo digital. Para que sua sorte seja maior que a minha, é importante:

Verificar regularmente a mídia.
Coloque-a no computador e tente rodar os arquivos. Ao menor sinal de que algo está errado, transfira imediatamente todo o conteúdo para um novo local. Dois a três anos é um período seguro para manter arquivos em CDs ou DVDs antes de precisar trocá-los.

Escolher um formato de arquivo confiável e ficar atento à obsolescência.
Opte por formatos suportados por vários programas e sistemas operacionais (PDF e TXT para texto, JPEG para imagens, MP3 para músicas, etc.) e que, de preferência, já estejam sendo usados há algum tempo. Evite formatos de backup ou compressão de arquivos; se precisar usá-los, ZIP ou RAR são as melhores opções. Verifique regularmente se você ainda consegue abrir o arquivo ou se ele já está ficando obsoleto e faça a migração para outro formato assim que for necessário.

Se seus arquivos estão nas nuvens
(em algum serviço online como o Gmail, por exemplo), garanta que esta não é a única cópia e fique atento para notícias de descontinuação de serviços. Em caso positivo, providencie imediatamente uma transferência para outro site ou para o seu computador.

Preservar arquivos digitais não é mesmo uma tarefa fácil… Contudo, se você lembrar que os formatos vão mudando e que as mídias vão se desgastando, é possível guardar aquelas fotos das férias na Disney para mostrar para os seus netos no futuro.